Uma moradora de rua observa uma rua de outro tempo, de outro lugar. Será que observa mesmo? Dá para ver a imagem assim tão de perto?
E ela é mesmo uma moradora de rua ? Só porque não está "bem vestida" ?
Ela parece até se integrar com o mural, parece que pode entrar naquela Avenida São João de décadas atrás. Mas reparem bem, na imagem representada na parede não há pessoas como ela! Homens elegantemente trajados, uma mulher em uma roupa branca, tão branca como um comercial de OMO, caminham tranquilamente por uma via sem camelôs ou sUjeira. Será que a cidade era mesmo assim tão limpa ? Não haviam pessoas mal trajadas pelas ruas?
Será que guardamos uma imagem irreal do passado? Sim, idealizamos o passado, e ele se choca com a realidade presente todo o tempo, causando um descompasso que parece manter tudo sempre desajustado.
E ela é mesmo uma moradora de rua ? Só porque não está "bem vestida" ?
Ela parece até se integrar com o mural, parece que pode entrar naquela Avenida São João de décadas atrás. Mas reparem bem, na imagem representada na parede não há pessoas como ela! Homens elegantemente trajados, uma mulher em uma roupa branca, tão branca como um comercial de OMO, caminham tranquilamente por uma via sem camelôs ou sUjeira. Será que a cidade era mesmo assim tão limpa ? Não haviam pessoas mal trajadas pelas ruas?
Será que guardamos uma imagem irreal do passado? Sim, idealizamos o passado, e ele se choca com a realidade presente todo o tempo, causando um descompasso que parece manter tudo sempre desajustado.
Yuri Bittar
Designer, fotógrafo e historiador
Atualmente ministra o curso A fotografia e a Cultura Visual
Site pessoal: www.yuribittar.com
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